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A CHUVA DE INTERLAGOS LAVOU A ALMA DE UM PILOTO – E O NOME DELE É RAFAEL RUBIO - Etapa 3 - Mini Endurance - CopaJoy Chevrolet.

  • Editor
  • 19 de abr.
  • 3 min de leitura

Comemoração da vitória!
Comemoração da vitória!



O céu caiu sobre Interlagos, mas quem se elevou foi Rafael Rubio, o novato que decidiu escrever sua própria lenda na corrida mais épica da temporada: o Mini Endurance de 100km / 1 hora da Copa Joy Chevrolet. Uma jornada que começou com frustração, e terminou com uma volta final que vai entrar para a história do autódromo de Interlagos.

Na sexta-feira, o clima era de confiança. Rubio liderou o segundo treino livre geral debaixo de chuva com 1.5 segundos de vantagem sobre o segundo colocado — deixando para trás pilotos veteranos das categorias Sport e Extreme. Foi ali que se acendeu o alerta: o novato descobria alí, ser de fato, um especialista em pista molhada.

Mas como tudo que é épico precisa de conflito, o treino classificatório do sábado entregou a dose de drama. Em pista meio molhada, meio seca, um toque logo nas primeiras voltas no S do Senna desalinhou sua roda dianteira direita. Resultado: P2 na Novatos, P19 no geral, e um carro danificado com faróis quebrados, para-choque desalinhado e o duto de ventilação dos freios comprometido. Na volta aos boxes, o semblante de Rubio era de quem carregava o peso de um destino injusto.


Momento da batida no treino de classificação.
Momento da batida no treino de classificação.


Mas o que Interlagos ainda não sabia é que essa corrida seria mais do que uma prova. Seria uma redenção pela glória.

A corrida, com atraso e previsão de temporal, começou às 15h. Rubio largou com sede de revanche. Ainda no S do Senna, assumiu a liderança da Novatos e cravou as primeiras ultrapassagens. Pulou de P19 para P17 ainda na primeira volta, superando Simon Chamorro e Ricardo Martines.

Mas os freios novos, ainda sem assentamento, entregaram a primeira virada negativa da corrida. Rubio perdeu rendimento nas entradas de curva e, com isso, as posições. Caiu para P19 novamente. Simon Chamorro, seu principal rival, aproveitou o momento e ultrapassou dois carros da categoria superior, dificultando a vida do piloto.

Na terceira volta, no entanto, Rubio reencontra o ritmo, os freios se assentam. Passa Martines na Junção e Luiz Gabriel da Extreme na reta, colando em Chamorro. Três voltas depois, aplica um blefe psicológico na Reta Oposta — mostra o carro no retrovisor de Simon e o faz errar a freada. Com isso, reassume a liderança da Novatos com frieza de veterano.

O novo alvo era conhecido: Gerson Lovato. A diferença de 5 segundos some curva após curva. E no S do Senna, a ultrapassagem vem com autoridade, consolidada na curva do Sol. Naquele momento, o foco se voltava para a classificação geral.

A corrida parecia estabilizada — até que o destino muda o jogo mais uma vez. Um acidente na curva do Lago ativa o Safety Car, e com ele, a chuva começa a cair a cada volta de safety car, ela caia com mais força. Quando a corrida relança, todos os pelotões já haviam se juntado novamente, faltando duas voltas, Rubio renasce.



Logo na freada da Oposta, ultrapassa um piloto da Extreme, e reduz um gap de 3 segundos para o próximo carro em duas cuvas! Entra no bico de pato já colado, ultrapassa um retardatário, depois mais um na Junção. P11 geral.

Última volta. Uma verdadeira guerra em Interlagos.

Na curva do Sol, por fora, ultrapassa mais um. P10. No final da Reta Oposta, disputa intensa com Luciano Viscardi, que bate em sua lateral tentando defender a posição. Viscardi sai da pista. Rubio assume a P9.

Na sequência, coloca por fora no Pinheirinho e conquista a P8. E então chega o confronto final: Henry Couto, campeão da Nascar Brasil. Na saída do Bico de Pato, Rubio traciona como se os pneus fossem feitos de cola, coloca por fora no Mergulho e fecha a ultrapassagem com autoridade.

P7 geral. Vitória na Novatos. E 12 posições conquistadas com direito a Show de Ultrapassagens!

Na linha de chegada, a tempestade desaba sobre o autódromo como se os céus aplaudissem a bravura de um piloto que encarou adversidades mecânicas, psicológicas e climáticas — e saiu maior que tudo isso. Rafael Rubio mostrou que é muito mais do que uma promessa. É pura realidade.

 
 
 

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